sábado, 11 de outubro de 2025

Sobre dados e cientistas

Ontem, durante uma conversa com um amigo, falávamos sobre etarismo e Analytics. Comentei o absurdo que se tornou o mercado atual, onde quem se destaca na busca por oportunidades é aquele que consegue transformar seu histórico profissional em um prompt e pedir para um modelo generativo criar um currículo perfeito para determinada vaga. O profissional competente, por si só, já não tem mais visibilidade.

Fui então surpreendido por uma experiência que ele compartilhou: sua empresa buscava um profissional sênior no mercado e recebeu quase 500 currículos. O curioso é que a maioria não tinha o perfil solicitado. Uma ferramenta de inteligência artificial filtrou os 20 melhores e, para surpresa dele, muitos eram apenas operadores de ferramentas de BI — faltava a eles a competência de cientista de dados exigida pela vaga.

Levanto aqui uma reflexão: até que ponto os processos de seleção que utilizam algoritmos estão realmente entregando os profissionais certos? Não acredito que faltem profissionais com essa senioridade. Eu mesmo já recebi devolutivas dizendo que não preenchia todos os requisitos — será que estão encontrando os candidatos ideais? Ou será apenas mais um filtro mal calibrado?

Partindo da lógica de que a "inteligência" (artificial ou não) do RH seleciona os melhores currículos, como explicar que profissionais de qualidade duvidosa ocupem vagas sênior com certa facilidade, enquanto os verdadeiros especialistas enfrentam enormes dificuldades para assumir novos desafios? Quem está errando: o profissional sênior/especialista ou o setor de atração de talentos, que não consegue captar os melhores?

Para fechar: uma empresa de consultoria onde ex-colegas meus (alguns excelentes, outros nem tanto) ocupam posições sênior me convidou para assumir uma vaga de júnior, pois estavam com dificuldade de preenchê-la. O mercado enlouqueceu? O júnior virou o novo especialista?

sábado, 30 de dezembro de 2017

Meu primeiro textão aleatório

Sou muito realista com minhas coisas. Meus amigos me chamam de cético, eu mesmo me considero como tal.

Mas, acontecimentos dos últimos 10 dias me fizeram mudar um pouco de opinião.

Eu sempre gosto de analisar as coisas por pelo menos dois lados, preferencialmente se eles forem de "temáticas diferentes". Pois bem, vou analisar o que ocorreu nos últimos 10 dias sob duas óticas. A ótica da psicologia e a ótica espírita.

Pois bem, em janeiro de 2006 eu tive uma experiência muito esquisita, a qual não consegui explicação lógica até hoje. Era um sonho que tive, no qual eu estava morto. Em meu velório não havia ninguém, apenas uma pessoa que veio a se tornar minha namorada e primeira esposa. Enquanto isto, uma amiga, que era um caso paralelo, estava jogando sinuca em um local distante de onde ocorria o velório.

Dois dias depois, ao chegar em meu local de trabalho, na cidade de Joinville, eu tenho um mal subito e acordo no hospital, sem lembrar de nada. Médicos não conseguiram explicação alguma, os exames estavam normais em tudo. E ...

A única pessoa que se importou foi justamente esta que viria a ser minha namorada. E a outra? quando perguntei, estava se divertindo em outro lugar. Cheguei a comentar deste sonho (Lógico, depois do ocorrido) com psicologos e com uma amiga, que é da igreja Maranata. Interpretação psicológica foi para o lado de stress, Eu estava por decidir isto e meu subconsciente me fez lembrar. O lado da religião foi para a história de que era mensagem de Deus para mim. Comprei o lado da psicologia e segue o enterro (Ops, narrativa).

O tempo passou e cá estou eu, em uma outra situação que psicologos apontam como de elevado stress (Ops, meu mundo sempre foi estressante). Estava em um momento de fim de uma união na qual apostei muitas fichas, e acabei jogando estas fora. E em uma situação delicada: Eu precisava ter o resto de meus bens de volta. Já havia tentado de todas as formas, e a outra parte se recusava a dialogar. Algumas amigas (Não vou citá-las, mas elas sabem muito bem quem são) me aconselharam procurar um Centro Espírita. Me aconselharam não para reaver meus bens, longe disto, elas aconselharam pois notaram que eu, de alguma maneira, precisava de explicações, de mais opções de interpretação do problema que eu estava passando.

A situação não se resumia somente a "ter os bens de volta", existiam outras coisas fortes que ocorreram este ano, como mortes e tentativas frustradas de suicidio de pessoas próximas a mim. Eu estava lutando seriamente contra isto, mas chegou uma hora em que eu não tinha mais opções de explicação, então resolvi buscar o lado espiritual da coisa: precisava ter equilíbrio para pensar. Precisava equilíbrio, pois detectei que estava muito perto de ter algo parecido com crises de pânico, stress estava em um nível bem próximo ao que passei no fim de 2012. Precisava agir.

Fui então conhecer o que era um centro espírita, ver a "aura" deles precisava buscar a paz. A energia que encontrei neste local é alçgo indescritivel. E lá, do nada, me lembrei do tal sonho, o qual contei no início deste texto. E, após esta lembrança, veio um sonho, por vários dias seguidos. Neste sonho, havia uma ordem expressa de meu ex sogro (falecido este ano), de que eu movesse uma mesa de sinuca. Estava cercado de amigos. Mas, no sonho, minha ex esposa deitava sobre a mesa e não deixava a mesa sair do lugar. O sonho foi até uma bela manhã, onde decidi mudar a tática da cobrança. A qual surtiu efeito. Minha ex cunhada intermediou a retirada de meus bens e assunto resolvido. E veio, na noite seguinte, lembrança de um novo sonho, o qual eu me lembro, novamente da figura de meu ex sogro fazendo sinal de "Joinha", típico das redes sociais. A minha interpretação destes sonhos pela ótica psicológica é justamente o fato de ser algo que eu buscava resolver e algo que finalmente estava se resolvendo. Estava finalmente mais leve.

Aí veio um sonho bastante diferente, muito estranho. Eu estava com minha mãe discutindo assuntos diversos (discutindo mesmo, divergindo seriamente em opiniões). E aparece uma dupla de pessoas, aparentemente indianos, carregando uma determinada pessoa em uma padiola. Eles jogam esta pessoa em um local parecendo um liquido preto. Minha interpretação inicial não fazia sentido algum, psicologia não explicava, a da religião não tinha explicação (pelo menos que eu tenha notado).

E vem o dia de hoje ... e amanheço com a noticia que atearam fogo na propriedade rural de minha família. E agora, a única explicação que tenho para o sonho é referente à ligação entre colocar uma determinada pessoa em esquecimento (onde aparece outra) e o famoso evento do sofá. Eu provavelmente estaria prevendo o que aconteceu hoje?

Vamos aguardar, mas o fato é que a abordagem do espiritismo começou a fazer muito sentido, melhorando muito meu conhecimento baseado em respaldo psicológico.