No dia 26 de agosto de 2006, o Conselho Regional de Estatística da terceira região promoveu na cidade de São Paulo uma reunião de profissionais para discutir o tema "Pesquisas eleitorais".
Este debate contou com a presença de palestrantes como o prof Dr Lourival dos Santos, professor da USP, o Dr Carlos Alberto de Bragança Pereira, também da USP,além da presença de Márcia Cavallari, diretora de pesquisas do IBOPE.
Este Debate/Seminário produziu um documento a posteriori, o qual incluo neste post.
A Falsidade das Margens de Erro de Pesquisas Eleitorais Baseadas em Amostragem por Quotas
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quinta-feira, 7 de junho de 2012
terça-feira, 15 de maio de 2012
Pesquisa de Boca de Urna do 2º Turno para Presidente/2010.
Segue a seguir, nota técnica produzida pelo conselho Federal de Estatística sobre as pesquisas Boca de Urna.
BOCA DE URNA ELEIÇÃO 2010
BOCA DE URNA ELEIÇÃO 2010
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
O uso político do ENEM (Brasil que vai)
Reproduzo a seguir, um post do Blog 'Brasil que vai', onde o assunto foi o ENEM. Agradeço ao Luiz César, Autor do Blog, pela oportunidade de publicar suas idéias, as quais compartilho em grande parte.
O uso político do ENEM
A suspensão de uma das duas versões previstas para o ENEM (exame nacional do ensino médio) deste ano foi a saída que restou para que Fernando Haddad não viesse ser encurralado pelos concorrentes na disputa eleitoral que travará em São Paulo.
Mantido o exame, repetir-se-ia o mesmo padrão de incidentes verificados em outras provas em que um grupo de alunos, um funcionário de gráfica, um elaborador de testes ou qualquer uma dentre as quase 5.000 pessoas envolvidas na preparação da avaliação pudesse dar ensejo a ocorrências que, marteladas na mídia `a exaustão, produziriam efeitos eleitorais indesejados ao candidato.
Por abranger mais de 6 milhões de estudantes e realizar-se em todo território nacional, o ENEM é um feito em si mesmo, não se assemelhando a qualquer outro evento com que possa ser comparado.
Os maiores vestibulares do país, além de serem locais, não ultrapassam os 150 mil inscritos . O percurso percorrido para que transcorram hoje sem incidentes decorreu de longo aprendizado de procedimentos que o ENEM mal começa trilhar.
Em fase de consolidação como forma principal de acesso `as universidades de todo o país, o exame representa um marco na educação brasileira por permitir aferir o desempenho do sistema educacional de segundo grau uniformemente em todo o território brasileiro. Possibilita detectar deficiências e identificar instituições de ensino, localidades e segmentos do estudantado cujo desempenho escape a um resultado esperado médio.
O ENEM - idealizado pelo falecido ministro Paulo Renato Souza - possui contudo inimigos poderosos não apenas entre os que desejam ver malograda a candidatura do responsável pela sua realização, o ministro Haddad, a frente da maior cidade do Brasil.
Para muitas corporações de ensino – não necessariamente instituições – constitui incômodo a existência de um controle externo da qualidade dos serviços que oferecem `a população, porque possibilita `as autoridades, aos educadores e até ao mercado avaliarem a real contribuição que possam dar a objetivo de formar os jovens e garantir o ingresso numa boa universidade.
Para além do uso político que candidatos possam fazer do ENEM, está o fato de que talvez o país não precise mais de duas versões do exame. A avaliação já assegurada de um estoque ponderável de estudantes ,formados em cursos de formação de adultos nas versões até aqui realizadas, permite que com tranquilidade, doravante, possam ser avaliados as turmas formadas regularmente ao fim de cada ano letivo.
Com isso poderá o ministro ser avaliado também ele pelas contribuições que deu ao país. E não pelos percalços dos desafios que sua iniciativa ousou enfrentar.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
uma idéia antiga
Era o ano de 2005 e o Dr Lincoln Pinheiro escreveu este texto, o qual publico a seguir, a pedido do mesmo.
O tempo passou, mas a idéia aqui contida continua muito atual, tenho certeza que um dia irá vingar.
APRESENTAÇÃO
ORIGENS:
No ano de 2004 ocorreu a renovação do Conselho Deliberativo do Clube Atlético Mineiro.
Conforme reza a tradição, os grupos políticos existentes no CAM se reúnem, conchavam e formam uma chapa única.
Tentei integrar essa chapa, para levar ao Conselho minhas idéias e dar uma maior contribuição, além da contribuição que dou como torcedor.
Não logrei êxito. O meu interesse em colaborar com o Atlético não encontrou ressonância entre as lideranças procuradas.
Ao mesmo tempo, o CAM atravessava a maior crise de sua história e eu, como torcedor, sentia uma profunda angústia por não poder fazer nada, além de torcer.
Foi então que tive a idéia de fundar um novo grupo político, com a arrojada meta de eleger conselheiros já na próxima eleição e, dentro do prazo de quatro gestões, estarmos preparados para assumirmos o CAM e iniciarmos uma nova era na história desta gloriosa e amada instituição.
PRINCÍPIOS:
Quando expus os princípios e as metas deste grupo aos meus amigos, a recepção foi entusiástica.
A idéia, basicamente, consiste em agregar os atleticanos que desejam colaborar com suas idéias com a instalação dessa nova era na história do Atlético.
O primeiro requisito é que o interessado seja sócio (do clube Labareda ou Vila Olímpica) e não busque nenhuma vantagem pessoal nessa participação, seja de ordem eleitoral (querer ser candidato a vereador ou deputado, aproveitando-se do Atlético); de ordem comercial ou financeira (querer aproveitar a proximidade para ser empresário de jogador, fornecedor de qualquer tipo de produto ou serviço ao CAM, arrumar emprego, etc), ou mesmo para satisfazer o ego, aparecendo em jornais, revistas e televisão.
Então, em resumo, o nosso grupo está aberto à participação de todos que queiram contribuir com suas idéias para concretização deste projeto. Basta concordar com estes princípios e ser sócio.
ESTRATÉGIA:
Nosso grupo não tem tesoureiro. Nenhum centavo será pedido em contribuição financeira.
O nosso trabalho é aglutinar aqueles atleticanos que queiram participar da vida política do clube, contribuindo com suas idéias.
Cada integrante do grupo convida outros atleticanos e se torna, assim, uma espécie de avalista do convidado. Esta é a nossa garantia de que pessoas desonestas, aventureiras ou com segundas intenções não venham a fazer parte deste grupo.
Além deste site, local de acesso restrito aos integrantes do grupo, teremos a nossa lista de discussão por e-mail, onde as idéias serão livremente debatidas e o nosso projeto será elaborado.
Quando acumularmos força política suficiente para disputarmos o poder e já tivermos um projeto viável, economicamente e juridicamente, escolheremos, consensualmente, quem são aqueles integrantes do nosso grupo que estarão mais preparados e com disponibilidade para assumirem as responsabilidades.
Nosso grupo não é uma sociedade secreta, de forma que sua existência pode ser livremente divulgada. Aliás, a transparência é uma virtude que devemos sempre prezar, ressalvadas as hipóteses em que a estratégia política recomende o sigilo.
Por outro lado, como a nossa estratégia não passa pela disputa da opinião pública, não devemos nos expor na imprensa, para não arrumarmos inimigos de graça.
CONCLUSÃO:
O Clube Atlético Mineiro foi fundado por alguns adolescentes que se reuniram no coreto do Parque Municipal, que tinham uma bola de couro e queriam praticar o futebol, um esporte novo e desconhecido.
Certamente, nem o mais visionário e otimista daqueles meninos poderia imaginar que, algumas décadas depois, aquela associação que estavam fundando viria a ser a mais importante e amada instituição de Minas Gerais, o orgulho do nosso povo, a paixão da nossa gente. Uma entidade que está no coração de milhões de pessoas e que arrasta multidões.
Tenho certeza que em 30 anos, a partir de hoje, contando com a tecnologia a nosso favor e o talento de todos nós, colocaremos o Galo entre os cinco maiores clubes do mundo.
Todos nós, com nossa inteligência e nosso trabalho, somos capazes de mudar nossa vida.
Somando o talento e a dedicação de todos nós e colocando tal riqueza a serviço do Galo, realizaremos este projeto.
Quem viver verá. E quem vier conosco poderá dizer a seus filhos e netos que contribuiu com sua parte para agigantar o glorioso Clube Atlético Mineiro.
Saudações Atleticanas,
Lincoln Pinheiro Costa, Belo Horizonte, janeiro de 2005.
O tempo passou, mas a idéia aqui contida continua muito atual, tenho certeza que um dia irá vingar.
APRESENTAÇÃO
ORIGENS:
No ano de 2004 ocorreu a renovação do Conselho Deliberativo do Clube Atlético Mineiro.
Conforme reza a tradição, os grupos políticos existentes no CAM se reúnem, conchavam e formam uma chapa única.
Tentei integrar essa chapa, para levar ao Conselho minhas idéias e dar uma maior contribuição, além da contribuição que dou como torcedor.
Não logrei êxito. O meu interesse em colaborar com o Atlético não encontrou ressonância entre as lideranças procuradas.
Ao mesmo tempo, o CAM atravessava a maior crise de sua história e eu, como torcedor, sentia uma profunda angústia por não poder fazer nada, além de torcer.
Foi então que tive a idéia de fundar um novo grupo político, com a arrojada meta de eleger conselheiros já na próxima eleição e, dentro do prazo de quatro gestões, estarmos preparados para assumirmos o CAM e iniciarmos uma nova era na história desta gloriosa e amada instituição.
PRINCÍPIOS:
Quando expus os princípios e as metas deste grupo aos meus amigos, a recepção foi entusiástica.
A idéia, basicamente, consiste em agregar os atleticanos que desejam colaborar com suas idéias com a instalação dessa nova era na história do Atlético.
O primeiro requisito é que o interessado seja sócio (do clube Labareda ou Vila Olímpica) e não busque nenhuma vantagem pessoal nessa participação, seja de ordem eleitoral (querer ser candidato a vereador ou deputado, aproveitando-se do Atlético); de ordem comercial ou financeira (querer aproveitar a proximidade para ser empresário de jogador, fornecedor de qualquer tipo de produto ou serviço ao CAM, arrumar emprego, etc), ou mesmo para satisfazer o ego, aparecendo em jornais, revistas e televisão.
Então, em resumo, o nosso grupo está aberto à participação de todos que queiram contribuir com suas idéias para concretização deste projeto. Basta concordar com estes princípios e ser sócio.
ESTRATÉGIA:
Nosso grupo não tem tesoureiro. Nenhum centavo será pedido em contribuição financeira.
O nosso trabalho é aglutinar aqueles atleticanos que queiram participar da vida política do clube, contribuindo com suas idéias.
Cada integrante do grupo convida outros atleticanos e se torna, assim, uma espécie de avalista do convidado. Esta é a nossa garantia de que pessoas desonestas, aventureiras ou com segundas intenções não venham a fazer parte deste grupo.
Além deste site, local de acesso restrito aos integrantes do grupo, teremos a nossa lista de discussão por e-mail, onde as idéias serão livremente debatidas e o nosso projeto será elaborado.
Quando acumularmos força política suficiente para disputarmos o poder e já tivermos um projeto viável, economicamente e juridicamente, escolheremos, consensualmente, quem são aqueles integrantes do nosso grupo que estarão mais preparados e com disponibilidade para assumirem as responsabilidades.
Nosso grupo não é uma sociedade secreta, de forma que sua existência pode ser livremente divulgada. Aliás, a transparência é uma virtude que devemos sempre prezar, ressalvadas as hipóteses em que a estratégia política recomende o sigilo.
Por outro lado, como a nossa estratégia não passa pela disputa da opinião pública, não devemos nos expor na imprensa, para não arrumarmos inimigos de graça.
CONCLUSÃO:
O Clube Atlético Mineiro foi fundado por alguns adolescentes que se reuniram no coreto do Parque Municipal, que tinham uma bola de couro e queriam praticar o futebol, um esporte novo e desconhecido.
Certamente, nem o mais visionário e otimista daqueles meninos poderia imaginar que, algumas décadas depois, aquela associação que estavam fundando viria a ser a mais importante e amada instituição de Minas Gerais, o orgulho do nosso povo, a paixão da nossa gente. Uma entidade que está no coração de milhões de pessoas e que arrasta multidões.
Tenho certeza que em 30 anos, a partir de hoje, contando com a tecnologia a nosso favor e o talento de todos nós, colocaremos o Galo entre os cinco maiores clubes do mundo.
Todos nós, com nossa inteligência e nosso trabalho, somos capazes de mudar nossa vida.
Somando o talento e a dedicação de todos nós e colocando tal riqueza a serviço do Galo, realizaremos este projeto.
Quem viver verá. E quem vier conosco poderá dizer a seus filhos e netos que contribuiu com sua parte para agigantar o glorioso Clube Atlético Mineiro.
Saudações Atleticanas,
Lincoln Pinheiro Costa, Belo Horizonte, janeiro de 2005.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Chutando a Santa e outros assuntos
Foi no dia 15 de outubro de 1995 que o Bispo Sérgio Von Hélder, da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) teve uma atitude no mínimo infeliz ao chutar a imagem de Nossa Senhora Aparecida. A cena se agravou por esta ser transmitida em rede Nacional.
Mas o que mudou desde que esta cena foi transmitida até os dias de hoje?
Bem, folheando as três principais revistas publicadas no Brasil (Veja, IstoÉ e Carta Capital), descobri que o principal assunto destas é um tema de certa forma ligado a valores religiosos cristãos, que é o aborto.
Achei inicialmente estranha e exagerada a forma com que este tema ganhou destaque nos noticiários, achava apenas mais um factóide plantado pela extrema direita brasileira, inclusive corroborada por uma informação de meu amigo Lincoln pinheiro Costa, pontuando perfeitamente o episódio Mírian Cordeiro no segundo turno de 1989 onde o então candidato Fernando Collor acusou o então candidato Lula a ter forçado esta pessoa a abortar uma gravidez. (você pode ler o artigo aqui)
Pela repercussão, o que tenho notado é uma onda dizendo coisas como possível entrada do Brasil em um regime teocrático, pois caso José Serra venha a ganhar a eleição, pois com o apoio do Opus Dei e da TFP (organizações ligadas à ultra-direita católica; uma, que esteve à frente de governos fascistas na Europa – Opus Dei; e outra que serviu de base para a ditadura militar no Brasil – TFP) possam fazer com que o país seja submetido a um regime teocrático.
Mas aí pergunto: Será que isso procede? corremos este risco?
Se juntarmos o episódio da santa em 1995, o episódio Mirian Cordeiro em 1989, este episódio recente do aborto, diria que tecnicamente já vivemos sob este regime, pois existem vários membros da Igreja Universal do Reino de Deus hoje ocupando cargos no legislativo, inclusive na base eleitoral do PT. Caso escancarado disto é a presença do Senador Marcelo Crivella (Sobrinho de Edir Macedo) na coordenação e organização das bases evangélicas.
Mas será que, ao tratar estas questões dogmáticas, os candidatos Dilma e Serra não estão ignorando outras minorias? Quando estas questões passarão a ser laicas e estruturais, visando ao bem-estar da população? Será que estes candidatos ainda não perceberam que existe diversidade religiosa no Brasil? Alguém tem dúvida de que o Opus Dei e a TFP, ou as duas juntas, são a mesma coisa que a as igrejas de Edir Macedo, Waldomiro Santiago, Malafaias e Garotinhos? qual a disposição dos candidatos (Serra e Dilma) se comprometerem com a efetivação do Plano Nacional de Combate à Intolerância Religiosa? Será que os votos dos ciganos, judeus, muçulmanos, candomblecistas, umbandistas, católicos progressistas, quilombolas, índios, ateus e agnósticos valem menos que os dos neopentecostais e carismáticos? Ou será que para os nossos candidatos (desta enorme pátria-colonizada-cristã) só interessa o poder econômico e eleitoral dos grupos que defendem projetos de dominação e o extermínio das diferenças?
O mais interessante disso tudo é que caso José Serra venha a vencer a eleição em segundo turno, terá sérios problemas para governar, pois a bancada neopentecostal cresceu muito. O PR e o PRB – mantidos pela IURD – deram show nas urnas. Isso sem contar a eleição de diversos pastores e "ovelhas" deste rebanho em outros partidos, inclusive no PT. Este dado implicaria uma necessária composição dentro da Câmara Federal. Caso Dilma venha a se eleger, deverá haver uma certa composição com a ultra direita para poder governar, pois no Brasil, o que vale são interesses de grupos, não siglas partidárias, deverá sim ter que existir composição. Em resumo: sejam pentecostais ou seguidores da Opus Dei, estes sempre tentarão impor seus projetos. Projetos fascistas sempre buscam o bem deles, não da população.
Então, a partir de agora seria bom combinar o seguinte: Ou Dilma e Serra atestam que a partir de 2011 o Brasil assumirá definitivamente a sua vocação para um regime teocrático (para que nós, os eleitores, possamos escolher entre um governo de ultra-direita católica ou evangélica), ou os nossos candidatos se comprometem com ações laicas, que visem à garantia e manutenção de direitos para as minorias étnicas e religiosas, sob o risco de embarcarmos em um caminho sem volta.
E por favor, vamos parar de criticar apoios a Irã, China e Coréia do Norte, nós não estamos longe deles não. Se bobear, estamos até pior, pois eles admitem que são assim. Já a gente…
Bem, é melhor deixar pra lá, senão daqui a pouco vai ter gente me sugerindo mudar para estes países.
Mas o que mudou desde que esta cena foi transmitida até os dias de hoje?
Bem, folheando as três principais revistas publicadas no Brasil (Veja, IstoÉ e Carta Capital), descobri que o principal assunto destas é um tema de certa forma ligado a valores religiosos cristãos, que é o aborto.
Achei inicialmente estranha e exagerada a forma com que este tema ganhou destaque nos noticiários, achava apenas mais um factóide plantado pela extrema direita brasileira, inclusive corroborada por uma informação de meu amigo Lincoln pinheiro Costa, pontuando perfeitamente o episódio Mírian Cordeiro no segundo turno de 1989 onde o então candidato Fernando Collor acusou o então candidato Lula a ter forçado esta pessoa a abortar uma gravidez. (você pode ler o artigo aqui)
Pela repercussão, o que tenho notado é uma onda dizendo coisas como possível entrada do Brasil em um regime teocrático, pois caso José Serra venha a ganhar a eleição, pois com o apoio do Opus Dei e da TFP (organizações ligadas à ultra-direita católica; uma, que esteve à frente de governos fascistas na Europa – Opus Dei; e outra que serviu de base para a ditadura militar no Brasil – TFP) possam fazer com que o país seja submetido a um regime teocrático.
Mas aí pergunto: Será que isso procede? corremos este risco?
Se juntarmos o episódio da santa em 1995, o episódio Mirian Cordeiro em 1989, este episódio recente do aborto, diria que tecnicamente já vivemos sob este regime, pois existem vários membros da Igreja Universal do Reino de Deus hoje ocupando cargos no legislativo, inclusive na base eleitoral do PT. Caso escancarado disto é a presença do Senador Marcelo Crivella (Sobrinho de Edir Macedo) na coordenação e organização das bases evangélicas.
Mas será que, ao tratar estas questões dogmáticas, os candidatos Dilma e Serra não estão ignorando outras minorias? Quando estas questões passarão a ser laicas e estruturais, visando ao bem-estar da população? Será que estes candidatos ainda não perceberam que existe diversidade religiosa no Brasil? Alguém tem dúvida de que o Opus Dei e a TFP, ou as duas juntas, são a mesma coisa que a as igrejas de Edir Macedo, Waldomiro Santiago, Malafaias e Garotinhos? qual a disposição dos candidatos (Serra e Dilma) se comprometerem com a efetivação do Plano Nacional de Combate à Intolerância Religiosa? Será que os votos dos ciganos, judeus, muçulmanos, candomblecistas, umbandistas, católicos progressistas, quilombolas, índios, ateus e agnósticos valem menos que os dos neopentecostais e carismáticos? Ou será que para os nossos candidatos (desta enorme pátria-colonizada-cristã) só interessa o poder econômico e eleitoral dos grupos que defendem projetos de dominação e o extermínio das diferenças?
O mais interessante disso tudo é que caso José Serra venha a vencer a eleição em segundo turno, terá sérios problemas para governar, pois a bancada neopentecostal cresceu muito. O PR e o PRB – mantidos pela IURD – deram show nas urnas. Isso sem contar a eleição de diversos pastores e "ovelhas" deste rebanho em outros partidos, inclusive no PT. Este dado implicaria uma necessária composição dentro da Câmara Federal. Caso Dilma venha a se eleger, deverá haver uma certa composição com a ultra direita para poder governar, pois no Brasil, o que vale são interesses de grupos, não siglas partidárias, deverá sim ter que existir composição. Em resumo: sejam pentecostais ou seguidores da Opus Dei, estes sempre tentarão impor seus projetos. Projetos fascistas sempre buscam o bem deles, não da população.
Então, a partir de agora seria bom combinar o seguinte: Ou Dilma e Serra atestam que a partir de 2011 o Brasil assumirá definitivamente a sua vocação para um regime teocrático (para que nós, os eleitores, possamos escolher entre um governo de ultra-direita católica ou evangélica), ou os nossos candidatos se comprometem com ações laicas, que visem à garantia e manutenção de direitos para as minorias étnicas e religiosas, sob o risco de embarcarmos em um caminho sem volta.
E por favor, vamos parar de criticar apoios a Irã, China e Coréia do Norte, nós não estamos longe deles não. Se bobear, estamos até pior, pois eles admitem que são assim. Já a gente…
Bem, é melhor deixar pra lá, senão daqui a pouco vai ter gente me sugerindo mudar para estes países.
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